Entrevista com João Ferreira.

 

No sentido de dar a conhecer melhor as pessoas que estão dentro do sistema S.C. Vasco da Gama como jogadores, treinadores, …, vamos desta vez entrevistar o João Ferreira.

SCVG – Quando é que começaste a jogar basquetebol?

Época de 2003/04.

SCVG – Onde é que começaste a jogar e como foi que surgiu o interesse pelo jogo?

Comecei a jogar no Vasco, entrando devido a presença do meu irmão no clube, alertando-me para a falta de jogadores no escalão de sub14 na altura.

SCVG – Quem foi o teu primeiro treinador?

Os primeiros treinadores foram Pedro Santos e Hugo Salgado

SCVG – Que clubes representaste e em que escalões?

Representei sempre o Vasco, de sub14 a sub18.

SCVG – Porque é que escolheste o SC Vasco da Gama para jogar/treinar/dirigir?

Era um clube já conhecido na família, onde até o meu irmão já jogava, tendo eu assim alguns conhecimentos com as pessoas do clube mesmo antes de começar a praticar basquetebol.

SCVG – Quem foram as pessoas (treinadores, dirigentes, colegas de equipa, …) que te influenciaram mais na tua formação e que constituem ainda hoje referências para ti?

Se todos os treinadores me influenciaram de uma maneira extremamente positiva quer para a prática do basquetebol, quer para a minha formação como treinador e principalmente como pessoa, há uma que sem dúvida de destaca – Manuel Rodrigues (Nelo).

SCVG – Que qualidades é que essas pessoas revelaram para causar esse impacto em ti?

A humildade de um grande treinador, e principalmente, formador (quer de pessoas, quer de jogadores) que vivia, e vive, o Vasco como não vi outro a viver e que lutava para que todos os seus atletas tivessem o mesmo amor, carinho e principalmente capacidade de sacrifício e de luta pela camisola que envergávamos. A capacidade de suplantação, de raça, de luta, persistência e, principalmente, o espírito Vascaíno foram-me proporcionados por este grande Homem que é o Nelo. Se me tento rever como treinador, em todos os meus antigos formadores, o Nelo é o modelo que espero um dia atingir.

SCVG – Qual foi a experiência mais marcante como Jogador?

Apesar de naquela parte da época já não jogar, senti-me tão campeões como os outros, sendo que o momento mais especial foi o primeiro campeonato ganho em 2009. Não pelo título, mas por tudo que a equipa cresceu, aprendeu e evoluiu como corpo desde do escalão de sub14 onde erámos visivelmente mais fracos que todas as outras equipas. Esta experiência de suplantação, de evolução extrema em 4 anos, trouxe uma proximidade entre todos os elementos da equipa, ainda sendo das melhores amizades que alguma tive e terei, trazendo um sabor especial tornando esta vitória um momento indescritível.

SCVG – Qual foi a experiência mais marcante como Treinador/Dirigente?

A da última época sobre o comando das sub14 Feminino. Foi incrível como atletas de mais tenra idade, de mais baixa estatura, menos capacidade física, e na sua maioria, com menos anos de basquete que as adversárias, e só levando por vezes 8/9 atletas a jogo conseguiam fazer frente a qualquer equipa, sem medos nem rodeios, conseguindo já envergar o espírito Vascaíno que nem verdadeiras guerreiras. Nunca me esquecerei deste grupo de raparigas, não só por ter sido o primeiro por mim assumido verdadeiramente, mas porque são uma lição que levo para toda a minha vida profissional e pessoal!

SCVG – Ao longo desta jornada de jogador / treinador / dirigente quais foram as principais surpresas, satisfações, insatisfações, descobertas e aprendizagens?

Falo das insatisfações, visto que todo o resto já fui referindo nas questões anteriores: a falta de atletas de sub14 Feminino. É preocupante haver tão poucas raparigas a jogar basquetebol, e entristece-me, visto que o grupo que possuímos é sem dúvida algo com pernas para andar (algo que me lembra a minha equipa de sub14 quando jogava, campeã 4 anos depois), mas necessitamos de mais atletas dando maior competitividade aos treinos e não perdendo por falta de comparência como aconteceu o ano passado. Mas, como já tinha referido, há algo de positivo nesta situação, sem dúvida as atletas souberam dar a volta á adversidade e estando o jogo perdido ou não na secretaria elas davam tudo pela camisola que envergavam!

SCVG – O que é que te mobiliza/motiva a Treinares/Dirigires?

O amor pela modalidade, pelo clube e pelo ensino. É realmente compensatório saber que estamos a ajudar as atletas a moldarem-se como pessoas que como basquetebolistas e, melhor, saber que estamos a contribuir para um futuro dum clube que amamos. Sinto esta motivação ainda maior visto estar num projeto Vascaíno recente – o Feminino.

SCVG – Quais são os principais valores que orientam a tua relação com as equipas que treinas ou com o clube que diriges?

Atitude, Intensidade e Disciplina. São os valores que extraí como jogador do Vasco, portanto serão sempre os valores que tentarei impor a todos os atletas que me passem pelas mãos.

SCVG – Que conselhos é que darias aos nossos jovens, que os possam ajudar a atingir todo o seu potencial quer a nível escolar, quer a nível desportivo?

Empenho e sacrifício, se queremos realmente alguma coisa, não basta querer, temos que lutar por isso. Nunca ficar satisfeito e tentar ser sempre mais e melhor, ser perfeccionista. Com empenho e sacrifício tudo é possível.

Dados pessoais

SCVG – Como te chamas? Ano nascimento? O que é que gostas mais de fazer para além do basquetebol?

João Ferreira, nascido em 1991. Gosto essencialmente de viajar e explorar, mas sinto-me bastante compenetrado na minha formação de “base” – Fisioterapia – na qual tento-me instruir e qualificar o máximo possível, tentando que esses conhecimentos também me ajudem na arte que é a Formação de Basquetebol.

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